PICOS| Moradores protestam contra abandono do aterro sanitário do Valparaíso

Um grupo de moradores dos Povoados Bugi, Morrinhos e Valparaíso, participou do “24º Gritos dos Excluídos”, realizado na cidade de Picos na noite da última quinta-feira (30).

Eles aproveitaram o protesto para levar ao conhecimento da sociedade picoense a situação de abandono, que de acordo com os mesmos, se encontra o aterro Sanitário do Valparaíso.

Durante a manifestação eles exibiram faixas e cartazes relatando o problema e pedindo providências a Prefeitura de Picos para resolver a situação.

“Atenção! Foi o primeiro aterro sanitário do Brasil a pegar fogo, queimando toneladas e toneladas de lixo a céu aberto em Picos”, estava escrito em uma faixa.

Em outra faixa os moradores cobraram do prefeito de Picos, Padre José de Walmir Lima (PT), uma solução para o problema.

“Prefeito! Não foi um lixão que você nos prometeu em um palanque para as nossas comunidades”, lembraram os manifestantes.

Em um cartaz uma moradora daquela Região deixou a entender que a população foi enganada pelo Palácio Coelho Rodrigues: “Lixão! Um aterro sanitário que nunca existiu. Ficou no papel”, estava escrito no cartaz.

“Lá está uma coisa triste, com muita mosca, muita barata, muitos urubus e na nossa comunidade ninguém pode comer mais nada porque as moscam chegam, os urubus acabaram com as águas dos açudes, foi isso o que o prefeito de Picos fez por nós e ficou ruim em todos os sentidos”, desabafou o agricultor, Alcenor Batista.

Ele informou ainda que atualmente nenhuma empresa está realizando o trabalho de acomodação correta do lixo e que o local está entregue a catadores.

“O prejuízo é muito grande, ninguém quer mais comprar o mel produzido naquela Região porque dizem que as abelhas vão pegar coisa no lixo, o gado está morrendo por causa da poluição que sai de lá quando chove, então é um prejuízo muito grande e a gente fica muito triste com isso”, lamentou o agricultor.

Alcenor Batista disse que sempre que os moradores procuram a administração municipal é realizado um paliativo, mas em pouco tempo o aterro sanitário fica novamente abandonado.

“Nós estamos se reunido já para fechar de novo [o acesso ao aterro sanitário] e agora não vamos abrir mais não”, avisou.

O secretário municipal de Serviços Públicos, Antônio Aírton, que assumiu o cargo a menos de um mês, disse a nossa reportagem que já esteve no aterro sanitário do Povoado Valparaíso e está ciente da situação que o local se encontra.

Ele admitiu que no momento o lixo levado pelos caminhões coletores não está sendo aterrado, mas apenas amontoado com o auxílio de um trator D8.

Antônio Aírton falou que a Secretaria de Serviços Públicos irá disponibilizar uma escavadeira e uma caçamba para aterrar os resíduos.

“Quando eu assumi não tinha nenhuma empresa [fazendo o gerenciamento do aterro sanitário] por isso está com esse problema e eu vou tratar sobre isso com o prefeito, Padre Walmir, [para ver] se a gente vai contratar outra empresa ou se vai ficar com a gente. Hoje mesmo irei tratar isso com o prefeito para a gente solucionar esse problema para não criar problema para a população e tratar o lixo da forma adequada”, concluiu o secretário.

 

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